Sinopse:
"Novela passional publicada em 1862 que consagrou o autor Camilo Castelo Branco e representa um marco do romantismo em Portugal. Destaca o choque entre os representantes de duas gerações: a dos pais que se odeiam – os ilustres fidalgos Tadeu de Albuquerque e Domingos Botelho – e a do jovem casal que se ama loucamente – Teresa e Simão. Este amor sofre forte oposição paterna, Teresa é enviada para a clausura num convento, e, ao estilo de Romeu e Julieta, desventuras e tragédia se sucedem. Amor de perdição pertence à segunda fase do romantismo, em que o amor pode levar até as últimas consequências."
Um SUPER clássico da Literatura Portuguesa, de Camilo Castelo Branco.
Amor de perdição aborda o drama de um romance proibido - lembra muito a clássica história de Romeu e Julieta -, numa sociedade de época, em que casamentos são arranjados. Os protagonistas - Simão e Teresa - vivem um amor "inalcançável" devido o conflito entre seus parentes, um romance com muita tragédia e um fim extremamente triste, mas que faz-nos refletir o que um amor real é capaz de fazer e viver para usufruir daquele sentimento e daquela pessoa.
Um livro extremamente tenso e que nos faz parar algumas vezes para pronunciar um "nossa... incrível!", e, além disso, nos faz imaginar como era a vida naquela época, em como a sociedade se modificou e em como o orgulho e a honra eram relevantes naquele período, capaz de matar para ter honra, capaz de estragar uma vida por inteiro para não se "desmoralizar" diante de um inimigo.
Apesar de ter uma linguagem um tanto "rebuscada" de início, com o decorrer, a história te prende e você não consegue largar e o compreende muito bem. Super indico, vale muito a pena, você vai se surpreender e se apaixonar! =)
Trecho da obra:
"(...) A vida é tudo. Posso amar-te no degredo. Em toda a parte há céu, e flores, e Deus. Se viveres, um dia serás livre; a pedra do sepulcro é que nunca se levanta, Vive, Teresa, vive! Há dias, lembrava-me que as tuas lágrimas lavariam da minha face as nódoas do sangue do enforcado. Esse pesadelo atroz passou. Agora neste inferno respira-se; o esparto do carrasco já me não aperta em sonhos a garganta. Já fito os olhos no céu, e reconheço a providência dos infelizes. Ontem, vi as nossas estrelas, aquelas dos nossos segredos nas noites da ausência. Volvi à vida, e tenho o coração cheio de esperanças. Não morras, filha da minha alma!" (Carta de Simão para Teresa; Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco)
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